quinta-feira, dezembro 13, 2007

Por que amo o cinema italiano?

De vez em quando eu preciso assistir a um filme italiano. Eu sinto fome de cinema italiano. Por isso eu vou aos poucos, devagar, pra eles não acabarem. Até por que eu nem sei como anda o cinema contemporâneo na Itália (preciso averiguar...).

Mas eu me pergunto por que isso? Cheguei a conclusão que eu sou praticamente como um filme italiano: eu falo alto, rápido, dou risada, falo palavrão, danço engraçado, dou escândalo, brigo mesmo, muitas vezes não faço sentido, sou alegre, engraçada e muito real. Além de ser apaixonada pelas idiossincrasias humanas, pelas pequenas pessoas estranhas desse mundo. “De perto, ninguém é normal”. Em um filme italiano de perto, de longe, de muito longe, todo mundo é um pouco estranho.

Claro que eu não sou assim um Fellini, estou mais assim pra um Monicelli ou um De Sica. Tenho meus momentos Antonioni, meus momentos Pasolini, meus momentos Ettore Scola. Meus momentos neo-realismo, meus momentos pós neo-realismo. E por que não, meus momentos Fellini? Quando ninguém me compreende (só quem presta muita atenção, se importa muito), ou quando ajo desesperada como Cabíria, ou perdida como Guido Alselmi.

“Il Cinema” me encanta por demais! Hoje assisti a um filme com a beldade Sophia Loren e o meu ídolo Marcello Mastroianni. “Ontem, Hoje, Amanhã” (1963) são três curtas-metragens do Vitório de Sica. Um sobre uma mulher que tem filhos para fugir da prisão, um sobre uma mulher riquíssima apaixonada por um homem simples e a última sobre uma prostituta que encanta um jovem seminarista. Se você não gostar do roteiro, da edição, da filmagem, dos enquadramentos etc, assistir a esse filme ainda vai valer a pena pela visão de uma Sophia Loren a fazer de strip-tease enquanto um Mastroianni aplaude eufórico. Cena histórica.

2 comentários:

Lubi disse...

E eu sempre me achei o cinema francês. Só não sei porquê.
Porquês não me interessam.

Tomei a liberdade de linkar-te.

Beijo, moça.

Anônimo disse...

O cinema italiano é simplesmente incontornável!

Atualmente, estou no meu momento Antonioni. Mas tenho que admitir que todos os meus momentos estão contidos num grande momento Fellini que não termina nunca. Modesta Sugestão: "As Tentações do Dr. Antônio"; contido na coletânea Boccaccio '70.

Um abraço
Roberto Acioli de Oliveira
[CINEMA ITALIANO: http://cinemaitalianorao.blogspot.com]