terça-feira, dezembro 11, 2007

Trecho de um conto meu, escrito em 2005.

- Às vezes, não entendo meus próprios pensamentos. Vivo em várias freqüências diferentes. Minha personalidade oscila como as marés. Posso viver ser como o ser mais amável do mundo, e meu brilho irá encostar por onde eu passar, e as pessoas poderão pensar em como sou maravilhosa e bondosa. Mas há dias em que meu coração encontra-se em estado de letargia. Não consigo transmitir qualquer forma de sentimento. Também, em alguns períodos, entristeço e acredito ser o pior dos seres. Sinto uma tristeza infinita, minha alma em pedaços. Sinto vontade de cometer loucuras totalmente contra meus princípios. De repente sinto desejo de ir embora e não mais ver quem vejo todos os dias, quem me ama, para não mais me deparar comigo mesma. Foi o que fiz com ele.

- Esses meus sentimentos, imagino serem normais em todas as pessoas abandonadas. Mas uma confusão se coloca em minha mente quando enxergo o quanto todos são bravos, fortes, inabaláveis. É praticamente impossível que as pessoas sejam assim quando se encontram sozinhas somente com seus corações. E é isso que me atormenta. Será que no mundo, existem pessoas que mesmo nos momentos mais infelizes não chorem, quando sozinhas em seus quartos. No silêncio da madrugada não há ninguém com quem elas possam dividir seus segredos mais profundos.Será então que Ela jamais chore por mim? Não há mais como descobrir... E eu me sinto tão mal, eu e a rosa, flor do amor despedaçado.

2 comentários:

Flavia S. disse...

Lindo, Manu :}

Lubi disse...

Ah, Manu. Poxa. Vou ter que dar um ctrl+C no cometário que você deixou no meu blog e um ctrl+V aqui: "Parece que você sente as coisas de um jeito parecido com o meu."
É justamente isso.

Um beijo, querida.

(PS: Vi tuas fotos de Nova Iorque no Flickr, muito bonitas.)