Não vale a pena escrever sobre o que aconteceu nesse ano que foi o que mais custou a passar em toda minha pequena vida. Neste fim de ano não há “como passou rápido!” ou “parece que foi ontem!” para mim.
Mas 2007 merece sim ser relembrado por toda minha vida. Um período de mudanças e de descobertas. De dúvidas, incertezas. De alegrias e tristezas. De saúde e de doença? Haha. Aí não. Mas de viagens, festas, filmes, leituras, fotografias, arte, palestras, ópera, teatro, beijos, abraços, choro, risos, muito trabalho e muito tédio.
E que venha 2008, cheio de viagens, planos, amores, esperanças, alegrias, tristezas (por que não?), novidades, festas e muito muito muito aprendizado. E claro, muita arte para deixar nossos corações leves e batendo sem medo algum.
Como em todos os dias 31 de dezembro de minha vida: eu espero que o próximo ano seja muuuito melhor do que esse que passou. E este foi um desejo que quase sempre se realizou.
Fernando Pessoa – O Guardador de Rebanhos
Poema XXI
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar
Seria mais feliz em um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como que não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como que andar,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...