domingo, setembro 09, 2007

Keep it simple

Ontem um pessoalzinho se reuniu lá na casa do Yuri. Bem, e nós começamos a conversar sobre blogs, escrever...

A certa hora, minha mãe (que é a poeta Jussara Salazar) começou a filosofar sobre o ato de escrever e disse umas coisas que emocionaram quase todo mundo no recinto. Ela começou a contar que o poeta espanhol Otávio Paz tem um conceito do “bom escritor”.

Em primeiro lugar, Paz acha que a boa poesia – e por conseqüência o bom texto - é aquela que você acha que é boa, e não a que os críticos dizem que é. Isso é uma conclusão óbvia, mas com a qual muita gente discorda. Eu concordo plenamente.

Em segundo lugar, o “Bom Escritor” (e aqui acho que podemos dizer também “o bom cineasta”, o “bom pintor”, o “bom fotógrafo” e indefinidamente....) é aquele escritor que é único. É aquele cujo livro você lê e pensa: isso só poderia ter sido escrito por essa pessoa, ninguém mais faria desse jeito.

A mãe do Yuri (Ângela querida!) comentou sobre o Patativa do Assaré que é quase analfabeto e escreve coisas geniais. A literatura dele é de uma simplicidade impressionante. Mas, como ela mesma disse, as coisas simples são as mais difíceis serem atingidas.

Mas, o ponto em que eu queria chegar é o que a minha mãe falou que nos emocionou, nós que somos “escritores jovens” (e ainda os seremos por um enorme tempo indeterminado). Para ser um bom escritor, deve-se deixar de lado a pretensão, a vaidade e tentar tirar de si próprio a essência. Escrever principalmente sobre si próprio e, dentro disso, incluir a humanidade. E, principalmente, fazer o esforço para tirar o sentimentos que põe no papel de dentro de você mesmo, sem querer imitar fulano ou beltrano.
E vamos à essa luta!

2 comentários:

julia disse...

ah, mãe da manu S2

Fábio Pupo disse...

Manu, a sua mãe a do Yuri são impressionantes. Gostei muito de conhecê-las. Disse algo parecido pra Amanda uns dias atrás sobre escrever. Ela achou lindo, e decidiu mandar a resenha dela do jeito que tava, sem modificar mais nada. E no blog, embora a impaciência e a preguiça confundam um tanto o que nós jovenzinhos gostaríamos de dizer realmente, a gente pode chamar os textos de nosso. É muito bom ver o que cada um tem a dizer, e você tá no meio disso. Aliás, seu blog tá bem bacana, mais ativo que nunca.