segunda-feira, abril 28, 2008

Humor: Filosofia da Linguagem ou Divagações de Segunda à Noite

Bertrand Russel, em seu livro A Introdução à Filosofia Matemática, capítulo 16, Descrições

"Chegamos agora ao principal tema do presente capítulo, a saber, a definição da palavra o. Um ponto muito importante sobre a definição de "uma tal coisa" (a so-and-so) aplica-se igualmente a "a tal coisa" (the so-and-so); a definição a ser procurada é uma definição de proposições em que essa expressão ocorre, não uma definição da expressão em si mesma, isoladamente. No caso de "uma tal coisa", isso é bastante óbvio: ninguém poderia supor que "um homem" fosse um objeto definido, que poderia ser definido por si mesmo. Sócrates é um homem, Platão é um homem, Aristóteles é um homem, mas não podemos inferir que "um homem" significa o mesmo que "Sócrates" significa, e também o mesmo que "Platão" significa e também o que "Aristóteles" significa, pois esses três nomes têm diferentes significados. No entando, quando tivermos enumerado todos os homens no mundo, não terá sobrado nada de que possamos dizer: "Esse é um homem, e não só isso, mas é O "um homem", a entidade quintessencial que é apenas um homem indefinido ser ser ninguém em particular." Fica, portanto, bastante claro que tudo que há no mundo é definido: se há um homem é um homem definido e não qualquer outro. Logo, não é possível econtrar no mundo uma entidade como "um homem" em contraposição a homens específicos. E assim é natural que não definamos a expressão "um homem" em si mesma, mas somente as proposições em que ela ocorre (...)."

Um comentário:

Anônimo disse...

Como homem, eu diria que isso é óbvio! :)

Abraço
Roberto Acioli de Oliveira