Foi um silêncio infinito que durou exatos trinta e cinco segundos: tempo suficiente para tomar uma decisão, hesitar entre as alternativas e, finalmente, optar. Havia quem observasse este conflito dos indecisos – um olhar estático, imóvel e ansioso. Ela, baixou a vista. Então, olhando por cima dos óculos, repetiu as palavras que já ouvira de outras bocas. Certo nervosismo.
*
Conhecia as palavras que ele diria. Não podia, porém, acreditar que elas seriam ditas. O dia, o calor, caminhava – hesitação aparente. Decidiu acalmar-se, água fria, rosto quente. Dois passos e lá encontrou seu destino. – Diga logo, por favor. Chorou por exatas oito horas.
*
Ali, ela traçou o seu destino, sabia com o coração o que diria. Caminhou exatos trinta e oito minutos para encontrá-lo. Calmamente, esperou. Olhares preto-e-branco, movimento. Então, entregou-lhe um livro, com olhar frio – és louca. Nunca mais o viu.
Um coração. Me chamo Manuela Salazar, estudo jornalismo, fotografia e francês, apaixonadamente. Não dispenso um bom livro, boa música, bons filmes, boas companhias, uma mesa de bar. E, ao fim do dia, uma xícara de chá. Ou um Dry Martini. Agora é momento de mudar de tom, refletir, deixar-se levar.
A maioria das imagens que ilustram o blog são de minha autoria.
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"Ecco, tutto ritorna come prima, tutto è di nuovo confuso, ma questa confusione sono io, io come sono non come vorrei essere, e non mi fa più paura. Dire la verità, quello che non so, che cerco, che non ho ancora trovato. Solo così mi sento vivo e posso guardare i tuoi occhi fedeli senza vergogna" Guido Anselmi, Otto e Mezzo de Fellini
Um comentário:
que bonito :(
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