sábado, setembro 06, 2008

Por que mudar?


Porque a mudança, de alguma maneira, me faz viva. E por que eu mudo (eu tento) a cada instante: sou como o rio. E, como disse antes, ando sem palavras. Quanto menos delas, melhor pra mim.

Mais do mesmo:

As coisas da casa, poema de Marcelo Sandman

1.
Ela agora só pode amar
Com a paixão contida
Da borboleta espetada na placa de isopor

(De vez em quando uma asa estala
e sai voando pela sala
e quer quebrar o abajur.)

2.
Trazia nas mãos pressurosas
O ramo das rosas do arrependimento

E no botão da rosa mais vistosa
A abelha venenosa
Que bulia por dentro

3.
A raiva invadiu a casa
Numa labareda violenta

Crestou tudo!

Agora os dois carregam baldes de água
Pra dentro,
Espionados pelos vizinhos,

Que olham de longe,

Por trás de gelosias engelhadas.

Um comentário:

iasa monique disse...

quero os nomes das poetas que sua mãe leu na terça feira