Noite fria, três goles de vodka; quero escrever palavras que te toquem. Prosas gélidas como ferro; versos quentes feito brasas. Duas metáforas nuas, cruas, levemente doces, sairão da minha boca. Tua nuca arrepia, teus olhos curiosos questionam coisas sem resposta. Quatro sussurros literários, alguns impropérios censuráveis. Eu quero palavras que busquem outra dimensão, que encontrem aquele instante indeciso. Chega dessa tensão: eu quero palavras cheias de graça, eu quero dominá-las. A vodka é pouca. As palavras não chegam. Os olhos rodeiam o entorno atrás de termos certos inexistentes, meu corpo treme. Não há nada mais real que uma noite fria. Aliás, há. Na busca infrutífera por palavras, deitarei-me, em busca de respostas, do sono e de ti, que não estás aqui
sábado, agosto 16, 2008
Palavras.
escrito por Manuela às 03:17
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Um comentário:
estás cada vez mais bonita nessa coisa de palavras
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