Uma pausa no diário de bordo - o tempo dessa última semana de aula é curto.
Milton Nascimento - O Cavaleiro
Algo me dirá
Desta história misteriosa nascerá
Não conheço essas paragens
Que clarão
Me carrega, Me empurra
Desconcerta a razão
Corro sem parar
Nessas trilhas, sem controle, sem lugar
Tudo ou nada me sussurra ao coração
Bate pedra, bate lua, bate chão
Vamos contra o sol
E o cavalo não respeita a minha voz
É encanto, é magia, não sei não
É certeza que um vento louco atrás vem
Tarde de um azul, mas o céu chorando
Galhos rebentando
Que não machucam
Sensação que não conheça
Sonho de amor
Algo me dirá
Desta história misteriosa nascerá
Tudo ou nada
Me sussurra ao coração
Um chamado
Desconcerta a razão
Ei,ei,ei,ei,ei...
Só sei que sinto
A cor do teu olhar
Me deixo carregar
Por onde for
Me agarro na loucura da visão
Fantasia,alegria
E pura maravilha
Algo me dirá
Desta história misteriosa,nascerá
Não conheço essas paragens,que clarão
É o amor que me faz pleno o coração
Jogo o laço,pego o traço da paixão
Vivo a vida
com o laço da paixão
Jogo o laço,pego o traço da paixão
Ê,ê,ê,ê...
quarta-feira, novembro 21, 2007
O Cavaleiro
escrito por Manuela às 21:47 0 comentaram
domingo, novembro 18, 2007
Impressões sobre NYC – Capítulo II
É comum ouvirmos por aí que o meio de transporte mais usado em NYC são os pés. Isso é completa verdade. Anda-se para lá e para cá. É muito simples. Pra nós turistas, sapatos confortáveis são lei. Para os newyorkers, em especial as newyorkers, isso é indiferente. Saltos altíssimos, toc toc toc. Como andam rápido! Algumas delas andam com seus flats (sem meias, naquele frio), pequenas sapatilhas, e calçam os high heels ao entrar nos buldings.
Detalhe, chovia. Andamos não sei quantas quadras até uma rua movimentada. Lá, eu achei um cantinho na rua para começar a abordagem. Então, descobri que ele já estava ocupado por um senhor de terno que pegou o táxi primeiro. Aí, chamei o que vinha atrás (nesse momento, eu já estava encharcada). O moço me perguntou algo em inglês macarrônico, que eu entendi como “pra onde você vai”. Respondi “Washington Square” e o motorista saiu, sem dizer nada. Decidi mudar de tática e de esquina. Na outra quadra, parei no meio da rua. Depois de três carros ordinários pararem e abrirem o vidro dizendo “Taxi, lady”, eu consegui um cab com um motorista árabe que sabia menos de Manhattan do que eu. E fiquei feliz com isso.
escrito por Manuela às 20:23 2 comentaram
sábado, novembro 17, 2007
Impressões sobre NYC – Capítulo I
“The city that never sleeps”. “The big city”. “The Big Apple”.
New York City é um lugar peculiar, posso dizer. Único no mundo, muitos dizem. Eu me impressionei com sua grandeza, sua contemporaneidade e com sua variedade de tipos, cidade cosmopolita. Em NYC, todos estão ocupados, preocupados e trabalhando. O ócio é proibido. O tédio é produtivo. Muito diferente do meu Brasil maroto. Lá, “time is money”. “If I can make it there, I’ll make it anywhere”. Talvez Sinatra estivesse completamente certo. It’s a tough city.
Meus três primeiros dias a explorá-la passei no finzinho da ilha, no chamado Financial Center.
Meu endereço: William Street com Wall Street. O lugar cheirava a história e a dinheiro. Estranha mistura. Andando por suas esquinas escuras e sinuosas pensava no caos de 1929, de 2001 e observava as pessoas. Executivos(as), chiquérrimos, em seus ternos Armani, seus sapatos Prada e suas bolsas Louis Vuitton. Fazia frio, muito frio. A elegância aparente não os impedia de comer com pratos, copos e talheres de plástico. Gente mais estranha, heim.
Foi por lá pelo Financial que eu descobri que Sex and the City tem mesmo um por quê. NYC é uma cidade de solitários, loners. Não há casais, pessoas juntas ou qualquer tipo de afeto nas ruas. Inclusive, deve-se andar em fila indiana para não atrapalhar que vem atrás., com muita pressa. Em NYC não há tempo para risadas ou brincadeiras. Ai ai.
Mas é claro não deixei de fazer um clássico sightseeing e fotografar que nem uma insana. Me encantei pelas intensas obras da cidade. Guindastes, gruas, marteladas, britadeiras, fumaça, tapumes. A cada esquina dezenas de homens trabalhando. Até a bolsa de valores estava com a fachada em reforma! Tive até a impressão de que daqui a um ano tudo estará novo em folha. Ledo engano, diz um amigo que conheci por lá. A reforma é coisa da máfia, teoriza ele. Nunca acaba. Bom saber, pois elas dão um ar mais caótico ainda aquelas estreitas e confusas ruelas.
Esse texto pode dar impressão de que não gostei de NYC. Outro ledo engano. Eita lugar doido, maravilhoso!
Cenas do próximo capítulo: A crueldade, ou como pegar um yellow cab
escrito por Manuela às 22:47 2 comentaram